É preciso inovar o modo como hospitais e instituições de saúde trabalham a jornada dos medicamentos especiais
De 35% a 45% do orçamento de um hospital é direcionado a suprimentos, em gastos diretos e indiretos. Dentro desse percentual, os remédios de alto custo são uma bomba-relógio em potencial.
A gestão de medicamentos especiais pode balançar as finanças de uma instituição, seja para o lado positivo ou negativo.
Não custa lembrar, estamos falando de suprimentos específicos, para os quais não há concorrentes ou variados substitutos. Os preços são altos, como em qualquer monopólio.
Com tanto risco envolvido, chega a surpreender a pouca importância que as instituições dão à gestão da cadeia de medicamentos de alto custo, geralmente colocada na mesma “cesta” da rotina de aquisição de medicamentos de alto giro e volume.
Errado desde a partida
No momento da negociação, há aqueles que levam em conta apenas o seu próprio histórico de descontos, o que é no mínimo ingênuo. Qual é a margem de negociação para cada laboratório? Que tipos de mix podem ser feitos, gerando uma economia ao final? Quanto meus concorrentes pagam?
E, muito antes disso, como definir quais medicamentos devem ser negociados? Levando em conta não apenas o custo do insumo, mas o perfil da população atendida, as evidências que se tem daqueles tratamentos, a evolução dos pacientes ao longo de toda a sua jornada de tratamento.
Quais propostas são mais eficientes para a sustentabilidade financeira das instituições, quando se trata de medicamentos de alto custo? Onde estão os desperdícios? O mix de produtos é o ideal? O que o mercado pode oferecer? Qual a margem entre o custo de compra do medicamento e o valor de venda, negociado com as fontes pagadoras para cada tipo de suprimento?
Sem fazer, no mínimo, esses questionamentos, você pode estar perdendo rentabilidade! E isso pode custar caro para a competitividade, para o prestador e as operadoras.
Deixe de lado uma visão limitada
É preciso ter uma visão integrada do funcionamento da cadeia de uso e fornecimento de medicamentos de alto custo, da indústria farmacêutica ao prestador, do prestador ao paciente, da prescrição à administração e à cobrança em um mercado B2B2C. A correta gestão de compras de medicamentos de alto custo beneficia todo o sistema de saúde e não apenas uma única instituição. Entender isso significa uma real mudança de paradigma.
O modelo atual de serviços é implementado há décadas, e dá sinais de cansaço. Nele, há um muro que separa perspectivas que não conversam entre si.
De um lado, médicos, equipes de saúde e pacientes com visão ao atendimento de cada indivíduo isoladamente; de outro, as equipes de compras usando o driver de volume/preço como o principal para a decisão.
É preciso dar um passo à frente e evoluir para a tomada de decisão baseada nas evidências de resultados clínicos e nas informações de mercado.
Não é um caminho fácil, mas é o único possível, se queremos que as instituições de saúde, mesmo as de menor porte, perdurem por longos anos.
Para quem chegou até aqui
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