Nos últimos dois anos, termos como stockout têm dominado o setor de compra de medicamentos. Também conhecido como estoque esgotado, está relacionado à falta de produtos disponíveis. O fenômeno provocou prejuízos imensuráveis durante a pandemia, quando até hospitais sofreram riscos de desabastecimento.
De acordo com levantamento da Bionexo, realizado em 2020, o tempo médio de estoque nas instituições de saúde reduziu em mais de 50%. Antes da pandemia, os insumos em estoque duravam de 90 a 120 dias, enquanto depois passaram a durar cerca de 40 dias
Quando as empresas estavam em cenário de falta de insumos, dedicaram seus esforços para abastecer os estoques a mais do necessário. Embora fazer isso evite a falta de medicamentos, também leva ao efeito chicote, que acontece quando há irregularidades nas estimativas de demanda e disponibilidade.
Diante disso, os riscos de ter medicamentos vencidos são grandes. As variações de preços acompanham a alta estocagem, uma outra consequência do efeito chicote. A Associação Nacional de Hospitais Privados (ANHP) revelou que os custos de insumos hospitalares tiveram alta de mais de 500% durante a crise provocada pela covid-19.
Apesar de terem sido acentuados durante a pandemia, todos esses fenômenos já existiam e continuam acontecendo. Por isso, as instituições de saúde precisam buscar soluções inteligentes e de forma contínua para reduzir seus impactos.
O especialista em Gestão de Cadeia de Suprimentos, Luis Fernando da Silva, aponta a integração e parcerias de longo prazo como estratégias para solucionar problemas como o stockout. Ele explica que, ao fazer acordos duradouros com fornecedores de confiança, seria possível negociar conforme as demandas.
Em seus mais de 25 anos de experiência no mercado, Luis Fernando relata que isso raramente acontece, já que as metas financeiras de curto prazo são quase sempre priorizadas. O principal indicador de desempenho do comprador é o quanto foi economizado no período, e embora seja importante, não deve ser o único. “Uma parcela relevante não está preocupada com parcerias sustentáveis, só com a parceria do mês”, ressaltou.
A cultura de metas está enraizada nas empresas e pode ser prejudicial para instituições de saúde. Na ausência de parcerias consolidadas, a única forma de evitar a falta de insumos é através da estocagem excessiva. Luis Fernando ainda esclarece que, no fim, acabam empregando mais capital de giro do que o necessário para minimizar o risco.
Mas as consequências financeiras não param por aí. Confira algumas outras listadas abaixo:
- alto investimento em mão-de-obra para fazer compras e procurar produtos;
- necessidade de mais espaços físicos para estocar os produtos;
- medicamentos vencidos e custos para descartá-los corretamente.
Além disso, quando uma instituição solicita mais insumos do que o previsto pelo distribuidor, a tendência é que faltem produtos para outras. “Isso é o que faz a cadeia ser tão desafiadora, em períodos de crise, como na pandemia, todos querem comprar mais”, como evidencia Luis Fernando.
Os players das cadeias agem de forma independente, não se comunicam como deveriam. A boa notícia é que as instituições de saúde podem contar com a Pharmae-Connection para conectar os diversos processos, aumentar a eficiência operacional, reduzir a sinistralidade e minimizar os desperdícios.
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O time de comunicação da Pharmae-Connection agradece ao Luis Fernando da Silva, nosso entrevistado para a produção deste material.
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